quinta-feira, 28 de junho de 2012

Perfeição


Cabelos em loiros perfeitos, que desafiavam meus dedos a acariciá-lo. Pele branca em um bronzeado perfeito, que me convidavam instantaneamente a tocá-lo. Olhos que beiravam a verde, que tinham tanto contraste que hipnotizavam meus inocentes olhos castanhos.
Terno negro, gravata vermelha... Saberia ele que vermelho e preto me seduziam de tal forma?
Ah, e aquele sorriso, tão feliz e inalcançável que faziam meus olhos ficarem rasos de lágrimas, era o paraíso poder saber que aquele sorriso sempre existiria, mas o inferno por ter certeza que nunca seria direcionado a mim.
O comportamento elegante, o ar educado, sabia se portar de forma tão distinta e distante que parecia ser uma figura inabalável, que sim, eu tinha certeza que era. Alguém que nunca saberia sobre a existência pura e ingênua de meu ser.
Anda pelas ruas, e agora tem título de Conde, realidade completamente oposta a mim, mas o que posso fazer? Ele é algo em mim que nunca conseguirei ser.
Aparência de um Deus, ele é como um ima, que vai atraindo, mais, mais e mais.
Sim, ele é a perfeição, a perfeição que nunca vou ter.